Redução da Pegada de Carbono na Agricultura com Nanofertilizantes

A busca por uma agricultura mais sustentável e eficiente impulsiona inovações que reduzem impactos ambientais e otimizam o uso de insumos.

Uma das principais preocupações da pegada de carbono está associada às práticas agrícolas, especialmente no uso de fertilizantes nitrogenados tradicionais, por conta do seu uso indiscriminado que gera desperdícios e o tornam um “vilão indispensável” devido a processos de volatilização e lixiviação, que contribuem para emissões significativas de gases de efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO₂) e o óxido nitroso (N₂O).

O transporte desses insumos também contribui para sua pegada de carbono. Como o Brasil importa cerca de 85% dos fertilizantes utilizados na agricultura, há um alto custo ambiental associado à logística de distribuição, agravando o impacto sobre o meio ambiente.

Mas não precisa ser assim...

Os nanofertilizantes NANOFERT representam uma inovação disruptiva ao modificar a forma como disponibilizamos os nutrientes para serem absorvidos pelas plantas. Com partículas nanométricas e maior eficiência de uso, essa tecnologia reduz drasticamente a necessidade de aplicação em grandes volumes e aumenta significativamente a eficiência de uso, diminuindo as perdas para o meio ambiente.

A tecnologia de nanofertilizantes apresenta os seguintes benefícios ambientais:

• Menor emissão de CO₂ na produção: A fabricação dos nanofertilizantes consome menos energia em comparação aos fertilizantes convencionais, reduzindo as emissões industriais de gases de efeito estufa.
• Otimização do uso de nutrientes: A maior eficiência de absorção pelas plantas evita perdas por volatilização e lixiviação, reduzindo a liberação de GEE para a atmosfera.
• Redução da necessidade de transporte: Por exigir menores quantidades de insumo por hectare cultivado, os nanofertilizantes diminuem a pegada de carbono associada ao transporte e armazenamento.

Sustentabilidade na Prática: Produção de Nanofertilizantes no Brasil

O investimento no Centro Global de Produção e Inovação em Nanofertilizantes, localizado em Campina Grande do Sul (PR), marca um avanço significativo na sustentabilidade agrícola. O projeto, liderado pela IFFCO-Nanoventions, adota processos industriais inovadores, como a tecnologia Zero Liquid Discharge (ZLD), que elimina o descarte de efluentes líquidos e maximiza a reutilização da água.

Além disso, a produção local de nanofertilizantes reduz a dependência de importações, minimizando as emissões de carbono associadas ao transporte transoceânico de fertilizantes convencionais. O impacto positivo da tecnologia reflete-se também na menor necessidade de embalagens plásticas, promovendo um ciclo de produção mais limpo e eficiente.

Conclusão: Agricultura de Baixo Carbono e o Futuro dos Fertilizantes

Os nanofertilizantes se consolidam como uma solução essencial para a transição da agricultura tradicional para um modelo de baixo carbono. Ao reduzirem significativamente a pegada de carbono da cadeia produtiva, esses insumos inovadores não apenas aumentam a eficiência agrícola, mas também desempenham um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas.

Com investimentos em pesquisa e desenvolvimento, como o projeto de inovação no Brasil, a nanotecnologia agrícola se fortalece como uma ferramenta indispensável para um futuro mais sustentável. Dessa forma, produtores rurais e a indústria podem se beneficiar de uma agricultura regenerativa e ambientalmente responsável, garantindo segurança alimentar e preservação dos recursos naturais.